I. O Zeus Olímpico
Na antiga Grécia,
quando se realizou a primeira Olímpiada, ela era dedicada a Zeus, o criador, a Héracles,
o fundador e a Pélops, o primeiro vencedor.
Os jogos iniciavam no grande templo de Hera,
e terminavam no templo de Zeus. Este último era um belo templo e após terminar
os jogos, os competidores entravam. Lá, havia uma das Sete Maravilhas do
Mundo, bem no fundo, sendo que ao entrar logo o via: A Grande Estátua de Zeus.
Esta estátua fora esculpida por Fídias, o
maior arquiteto grego. Sua intenção de deixa-la no fundo era de encaminhar o visitante
através da incerteza e do medo. Ele a esculpira com toda a precisão e com todo
o amor. Talvez a mais célebre das Sete Maravilhas do Mundo seja o Zeus
Olímpico. Para tamanha precisão, Fídias a esculpiu com ferramentas minúsculas,
como as usadas pelos joalheiros, portanto, Zeus é uma joia.
Esta estátua media doze metros de altura.
Para melhor descrevê-la, será preciso ler um relato de Pausânias:
“O deus está sentado num trono e é feito de
ouro e marfim. Tem na cabeça uma coroa que imita ramos de oliveira. Na mão direita
segura uma Vitória, também de marfim e ouro, a qual tem uma fita e, na cabeça,
uma coroa. Na mão esquerda do deus encontra-se um cetro adornado com toda a
espécie de metais; a ave pousada no cetro é uma águia. De ouro é também o
calçado do deus, e o manto igualmente. No manto estão gravadas figuras de
animais e de flores de açucena. [...]”
Para resumir o relato, o Zeus possuía uma
base retangular que, pelas descrições, era tão ornado de figuras que o Zeus
Olímpico era uma estátua quase barroca. Possuía uma inscrição na base: “Fídias,
filho de Cármides, Ateniense, me fez”.
Os polidores de Fídias vinham e poliam o marfim
e o ouro. A estátua era muito querida e amada. Um visitante disse: "Posso informar as medidas desta estátua, mas não seu efeito". Outro visitante disse que as outras seis maravilhas nós honramos, mas Zeus, nós veneramos.
Seu
fim veio com os cristãos. O local onde havia sido feito o Zeus virara Igreja. A
estátua havia sido levada para Constantinopla, para a coleção de Lausus, que
colecionava esculturas pagãs e as expunha em seu palácio. O Zeus de Fídias
ficava no final do corredor, na qual acredita-se que tenha sido destruída numa
revolta na cidade. Seu rosto então virou a face de Cristo Onipotente para a
Igreja bizantina.
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